sexta-feira, 3 de março de 2017

ANTÓNIO CASEIRO MARQUES - o escritor vem à escola


            A presença do escritor numa escola, para participar numa palestra, para colaborar com a biblioteca ou para se encontrar com os alunos, é benéfica para todos – alunos em primeiro lugar, professores, funcionários e o próprio escritor. A ideia que um escritor é sempre um senhor enfadonho, que vive fechado em casa e separado do mundo, para se concentrar na escrita, felizmente não é verdade. Ter a oportunidade de contactar com um, na escola, acompanhado dos seus professores resulta normalmente num encontro feliz, para todas as partes. Afinal o escritor sorri, conta piadas, gosta de conversar, gosta de saber a opinião dos seus leitores, erra como os outros, apresenta temas interessantes, responde às curiosidades colocadas pelos alunos e o tempo parece passar mais rápido do que o costume.
            Conhecer a história de vida do escritor contada na primeira pessoa, e verificar que cada aluno ainda estará a tempo para investir nesse caminho, porque descobre que, o escritor também teve uma infância e uma adolescência, semelhantes às deles, desenvolve uma autoconfiança e uma esperança muito saudável na formação do aluno. É muito provável que desperte ou estimule o gosto pela leitura e até pela escrita, alterando a sua forma de ver os livros.
            Para iniciar as "Semanas de leituras", atividade do Plano Nacional de Leitura, as bibliotecas da EBDouro e EB Vila Real nº 7, que integram o Agrupamento de Escolas Morgado de Mateus, convidaram António Caseiro Marques para se encontrar com as crianças, devido aos dois livros infantis que escreveu. O António tem uma personalidade multifacetada, é formado em direito, exerce regularmente a advocacia, é diretor do jornal Notícias de Vila Real e é escritor, permitindo que este encontro resultasse dinâmico e rico. O diálogo com os alunos permitiu falar sobre: a advocacia, a justiça, o símbolo da mesma, os conflitos entre as pessoas, o jornalismo, a leitura e a escrita, a família, as aventuras no jardim da sua casa, os livros para as crianças, os livros para os mais crescidos e as suas experiências como caminheiro de montanha. As crianças além de terem escutado as histórias do António, pela voz do próprio, de o terem questionado sobre o seu percurso de vida, quando começou a escrever, as razões de ser jornalista, tiveram oportunidade de participar na leitura do livro “O Francisco e o pardalito”, assumindo os diálogos do pardalito.
            A ilustração como forma de enriquecer  a escrita foi também abordada por Anabela Quelhas, arquiteta e professora bibliotecária deste agrupamento, que ilustrou dois dos livros apresentados. Os alunos tiveram oportunidade de se inteirar de todo o processo de trabalho que envolveu a ilustração das duas obras, desde o primeiro contacto do escritor com a ilustradora, até ao resultado final. Foram abordados os conceitos de ilustração, tipos de ilustração, matérias adequados, as novas tecnologias, a descoberta gráfica dos personagens, as divisões do texto, a importância da cor, os signos cinéticos, a capa e a contracapa e finalmente a biografia dos autores.
            Foi uma experiência positiva que certamente se tornará uma referência para muitos alunos.

            Registe-se um agradecimento especial às educadoras e professores, que se anteciparam ao encontro, e deram a conhecer aos seus alunos, alguns pormenores tanto das obras como dos autores, às equipas das bibliotecas que criaram um cenário muito interessante no espaço utilizado (EB7) e colaboraram em toda a organização, concretizando a missão da biblioteca escolar, aos coordenadores dos estabelecimentos e alguns encarregados de educação, que estão sempre abertos e recetivos a estas iniciativas e finalmente aos alunos que reagem sempre com muito entusiasmo. 
 






















  

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